terça-feira, 26 de abril de 2011

Pedaços de mim




Aquilo que vês, são pedaços de mim
A cada dia, tens um pouco mais
Lês-me, como um folhetim
Até vês coisas que não sou capaz

Se me separas, vês-me todo errado
Se me juntas, é demasiado complicado
O que importa, de fato, é estar contigo
Mesmo em pedaços, como vidro partido

Confundo-te, entre pedaços distintos
Refletindo a luz, de forma tão diferente
Caso te cortes, com cacos de vidros
Chupa-lhe o sangue, e a dor não se sente

E quando sangue não houver, para jorrar,
Será sinal que a dor se foi, que se acabou
Ou me ensinaste com o vermelho, a chorar
Ou cortaste até a morte, o amor.

Mateus Medina
26/04/2011

2 comentários:

  1. Ótimo poema, Mytha.

    "Aquilo que vês, são pedaços de mim
    A cada dia, tens um pouco mais"

    Partilho exatamente dessa idéia, de q somos feitos de vários "cacos" se unindo e modificando a cada dia.

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  2. Cortante!

    Estilhaços que somos na procura incessante da unidade.

    Um beijo

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