sábado, 31 de dezembro de 2011

50 Perguntas que Libertam a Mente: Respostas nº47 a 50

47. Quando foi a última vez que você reparou no som da sua respiração?
Anteontem. Isso porque ontem (que já era hoje, se me entendem rsrsrs) eu fui dormir levemente alcoolizado...  

Mas, eu reparo sempre. A minha respiração é "pesada" demais quando me deito, é impossível não reparar nela.

Pelo contrário, pra conseguir dormir, eu preciso esquece-la...
48. O que você ama? Suas ações recentes refletem este amor?
Eu amo tanta coisa, tanta gente...
Responder a essa pergunta HOJE é um bocado complicado... vou preferir fugir a ela, pra não fazer desse espaço algo que ele não deve ser.

No entanto, a verdade é que há algum tempo que as minhas ações não refletem o meu amor, isso é fato.
49. Daqui a 5 anos, você vai lembrar do que fez ontem? E ante-ontem? E o dia anterior?
Sim, vou lembrar. Daqui a 5, daqui a 10, daqui a 50... mas isso é apenas porque esses últimos dias têm sido dias decisivos no rumo da minha vida. Dias de acontecimentos que são marcantes para qualquer pessoa, impossíveis de serem esquecidos.

Fossem dias "normais", eu não me lembraria, simplesmente pela questão de ter uma memória horrível.
50. As decisões são feitas agora. A pergunta é: você está decidindo por si só ou deixando que outros decidam por você?
Agora estou decidindo por mim. Mas faz pouquíssimo tempo. 
A minha vida é completamente outra de um mês e pouco pra cá... antes disso, passei alguns anos deixando que decidissem por mim. Ou mesmo que não decidissem... acho que nem me importava, no fundo...

Agora não. Agora fui "sacudido" e "obrigado" a tomar as rédeas da minha própria vida, e é isso que estou fazendo.


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E assim chegamos ao fim de mais uma brincadeirinha que serve de terapia rsrsrsrs

Ano que vem tem mais... mas amanhã que conto tudo...

Obrigado a todos que passam por aqui para ler essa bobagem, e aproveito logo para desejar um feliz ano novo, já que a preguiça não me permite criar um post só pra isso...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

50 Perguntas que Libertam a Mente: Respostas nº43 a 46

43. Qual é a diferença em estar vivo e viver plenamente?
 
Simples até...
Estar vivo é respirar.

Viver plenamente é... aquela eterna busca do bicho homem.

Cada um considera que "viver plenamente" é um coisa diferente, então é muito subjetivo... eu ainda estou tentando descobrir o que é para mim
44. Quando vai ser o tempo de parar de calcular os riscos e apenas seguir adiante e fazer o que é certo?
 
Eu ESPERO que seja já agora.
Estou trabalhando para isso. Para que as mudanças necessárias não sejam mais adiadas...
45. Se aprendemos com nossos erros, por que temos tanto medo de errar?
 
Falo por mim, claro: Errar causa vergonha, constrangimento, machuca o orgulho...
Eu sou o tipo de pessoa que se cobra demais, que tem imensa dificuldade em se perdoar, que acha que nunca faz o suficiente... não, calma... não tô falando isso num sentido "atlético" e legal, como a gente vê nas matérias do "Globo Esporte", com aquelas musiquinha de superação e cobrança esportiva. Não é assim.

É de uma maneira dura e imbecil, de quem não se permite errar e muitas vezes se paralisa e não se permite, simplesmente porque as chances são baixas. De quem crê que só se age na "certeza", quando a certeza raramente existe...

Mas, no fim das contas, os erros são importantes demais. É preciso é compreende-los, aceita-los e saber seguir em frente sem neuras nem culpas...

Que venha 2012, pra provar que eu consigo...
46. O que você faria diferente se soubesse que ninguém te julgaria?
 
Absolutamente nada.
Eu pensei antes de responder. Tentei imaginar qualquer coisa... sério, não me veio nada a cabeça.

O primeiro a me julgar sou eu, e eu sou um juiz bem tinhoso comigo mesmo, então, aquilo que não me permito, não me permitiria do mesmo jeito, ainda que ninguém me julgasse...

Queira Deus



Hoje abraço destinos que escolhi
Por ter escolhido não escolher
Ajoelho em pregos de marfim
Aguardando a sanção do viver

Queira Deus, ou... como queira
Qu'eu sinta toda dor que me convém
Que meus passos tirem-me da beira
De tão alto precipício, ali além

Hoje, aqui de cima, de tão alto
Turva-se a vista, tamanha é a clareza
Enegrece o coração, pelo passado
Pelo futuro, não tenho bem certeza

Queira Deus qu'ele seja ensolarado
Como este dia, que a vida designou
Que fosse o dia de um ciclo fechado
Chegam e partem, trens de amor e dor

Mateus Medina
30/12/2011

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

50 Perguntas que Libertam a Mente: Resposta nº38 a 42

38. Você preferiria ter menos trabalho ou mais trabalho em algo que realmente goste?
Sem dúvida, mais trabalho com algo que eu goste realmente.
39. Você sente que viveu este mesmo dia 100 vezes?
ESTE dia de hoje, não.
ESTE dia de hoje tem peculiaridades que eu jamais vivi.

Agora, falando hipoteticamente em outro dia "qualquer", aí sim, já aconteceu.

Há alguns anos eu venho sentido que MUITAS vezes, mais do que o normal, um dia parece iguazinho ao outro...
40. Quando foi a última vez que você entrou na escuridão com apenas uma vaga luz de idéia de algo em que você acreditava?
Acho que estou vivendo isso agora, se é que compreendi bem a pergunta.
41. Se todos seus conhecidos morressem amanhã, quem você visitaria hoje?
Todos que desse tempo de visitar... que pergunta! rsrsrs
42. Você concordaria reduzir sua vida em 10 anos para ser super atraente ou famoso?
De maneira nenhuma.

As prioridades na minha vida são bem diferentes disso...

Além do mais, super atraente eu já sou. Ser famoso não vale 10 anos de vida... rsrsrs

50 Perguntas que Libertam a Mente: Resposta nº 33 a 37

33. Se você ainda não alcançou o que quer, o que tem a perder?
Nada. Na verdade, nunca se tem nada a perder, dependendo do ponto de vista.
É sempre a ganhar, desde que se consiga enxergar as coisas pelo melhor lado. O difícil as vezes é ter a serenidade necessária para tal.
34. Você já esteve com alguém, não disse nada, e saiu com a sensação de que teve a melhor conversa da sua vida?
Não. Isso é viagem...

Os olhares dizem muito, é verdade. Há momentos deliciosos que podemos passar sem nenhuma palavra ser dita, mas "a melhor conversa da sua vida" precisa de palavras, muitas palavras, e nada é capaz de substituir isso.
35. Por que religiões que pregam o amor causam tantas guerras?
Porque as religiões são formadas por humanos, e humanos distorcem tudo o que querem, ao seu bel prazer, para tirar vantagem e manipular os que se permitem.
36. É possível saber, sem sombra de dúvida, o que é bom e o que é mau?
Sim. Mas é muito raro.
Essa é uma das perguntas mais complicadas dessa série, porque as variáveis aqui são absurdamente grandes...

É certo que quase tudo nessa vida é relativo. Tem a ver com a época, o contexto, as razões envolvidas, etc...

No entanto, eu creio que há certo "valores morais" que podem ser discernidos sem sombra de dúvida.

É fato que a vida se encarrega, muitas vezes, de se aproveitar da transgressão desses valores para levar ensinamentos a quem precisa, para resolver questões de maneira estranha e irônica, afinal, a "vida" tem um humor assim mesmo...

Entretanto, isso não muda o fato de que é possível distinguir, com bastante clareza, que há ações que são inevitavelmente boas ou más em sua origem, ainda que as suas consequências sejam diferentes "lá na frente".
37. Se você ganhasse 1 milhão de dólares, largaria o seu emprego?
Sim, largaria.
É óbvio que um milhão de dólares (o que deve dar, sei lá, uns 800 mil Euros, eu acho...) não dá pra parar de trabalhar e nunca mais fazer nada da vida... aliás, mesmo que eu ganhasse muitos milhões, eu não faria isso. Agora, continuar no mesmo trabalho, isso não... talvez montasse qualquer coisa pra mim, ou simplesmente investisse mais na minha formação, com o sossego de não ter que "correr atrás"...

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

50 Perguntas que Libertam a Mente: Respostas nº28 a 32

Em primeiro lugar, uma breve explicação.

Resolvi responder 5 perguntas de uma só vez, para terminar esse projeto no fim desse ano. Mas por que?

Porque esse eu já comecei meio "torto". Não comecei no começo do ano, não postei uma resposta por semana conforme esperado... enfim, mas quero termina-lo, para poder começar no ano que vem um outro projeto que achei interessante.

Para poder arcar com esse comprometimento, achei melhor "matar" esse de uma vez.

Até o dia 31 de Dezembro vou postar 5 respostas por dia.

So... here we go!

28. O seu maior medo já se concretizou?

Não.

Espero que nunca venha a se concretizar... rsrsrs
29. Você se lembra algo que te deixou extremamente aborrecido há 5 anos? Hoje, aquele episódio importa?


Não lembro. Mas, isso não é sinal que não importou na época, nem que talvez não devesse importar hoje.


Eu tenho uma péssima memória (existe "memória sentimental", como existe inteligência sentimental? Alguém me ajuda?), é só isso.

Eu acho que como em tudo na vida, é preciso achar a medida, entre não dar valor a coisas que não devem importar, mas também não desvalorizar tudo. Há coisas que importam e merecem ser lembradas por cinco anos. É pena a minha memória não ajudar...
30. Qual é sua memória da infância mais querida? O que a faz tão especial?

Eu e minha prima Nara, tirando os sapatos do meu avô.

É difícil explicar o que a faz especial. É uma das poucas memórias que não me aparecem "borradas", sem rosto nem cheiro. É uma memória que tem rosto, cheiro, tato, tudo...

Sinceramente, não consigo explicar porque, talvez depois eu escreva um poema sobre ela, é mais fácil...
31. Quando no seu passado recente você se sentiu mais
vivo e intenso?

Há três semanas, talvez.
Quando eu consegui internalizar o "choque" do término do meu casamento. Quando um turbilhão de emoções, questionamentos, dúvidas, e mais um trilhão de coisas me assaltou ao mesmo tempo.

De repente eu me vi compreendendo coisas que eu provavelmente escondia de mim, de propósito, para não ter o trabalho de me mexer.

E aí, ironicamente, eu "entendi" que afinal, não era tudo tão complicado e trabalhoso como eu pensava... mas isso foi só depois do fim.
32. Se não agora, quando?

Vai ter que ser agora. Eu escolhi ser agora.

Ou isso, ou um futuro nebuloso me espera. Prefiro acreditar que será agora.

Há pessoas que "cozinham" e "digerem" mudanças com calma. Não parece ser o meu caso, então, tenho preferido acreditar que funciono pelo "choque".

Assim sendo, preciso aproveitar o "feeling" de que tem que ser agora, não dá pra esperar para depois.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tênue

Das memórias que existem
Às que criei, é só um passo
Menos que isso, talvez...
Do meu desejo mais profundo
Ao desejo da minha carne
É outro passo, ou nem isso

Me confundo, me entrelaço
Me perco no percalço
De quem não sabe o que quer

Do adeus de há tanto tempo
Ao "olá" de agora há pouco
É um linha... bem fininha
Da negação de outros tempos
Ao clamor de tempo outros
É um piscar, menos até...

Me magoo, busco a dor
Como quem pune um réu confesso
Quando de fato, é só amor

Da tristeza instransponível
Ao sorriso que revive
É uma boca, ou nem isso
Da ausência de queimor
Ao calor incontrolável
É um pedaço de carne, ou língua

Quero querer! É preciso
Querer para estar vivo
E seguir essa estrada

Mateus Medina
26/12/2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Homem-relógio



Pobre relógio, crê aprisionar
O rebelde tempo que dele ri
Na incongruência de contar
O que existe só para fluir

Pobre homem, preso aos ponteiros
Do relógio; criador da ilusão
De que o tempo é algo certeiro
Bem ali, ao alcance das mãos

Pobres homens-relógio!
Enganam-se no caos da correria
Entopem de futilidades o ócio
E seguem suas vidas vazias

Mateus Medina
09/09/2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Absolvição



Ninguém quer te ver por aí
Jogado nesse canto imundo
De uma vida que só tem um fim
Completamente fora deste mundo

Ninguém quer te ver chorar
Pois, teus olhos embaçam o dia
É sempre tempo de recomeçar
Sem perder o encanto e a alegria

Ninguém te quer pôr um ponto final
A vida é cheia de possibilidades
Querem que encontres um sinal
E siga a tua vida; de verdade

Ninguém te quer ver infeliz
Só que pareças um tanto abatido
Compreenda de uma vez o que se quis
E poderás jamais ser absolvido

Mateus Medina
19/12/2011

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

50 Perguntas que Libertam a Mente: Resposta nº27

27. É possível saber a verdade sem antes questioná-la?

De maneira alguma.

Já dizia o poeta: "Não acredito em nada além do que duvido".

Simples como isso. Pra ser verdade, tem que superar os questionamentos, sem questionamentos não há verdades, só suposições...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Com os pés fincados



Quando o vento vem;  furioso
Pronto a nada deixar de pé
Bato no peito; orgulhoso
De nunca abandonar minha fé

Quando vêm as águas; em revolta
Desejosas de me afogar
Finco meus pés na areia
Sou filho nascido do mar

Quando a noite tudo toma
Buscando em meus olhos temor
Se engana, julgando-se dona
Do que é só meu: minha dor

Quando a dor massacra e não cessa
Acredita me enlouquecer
Não sabendo que não tenho pressa
O tempo irá me reerguer

Mateus Medina
14/12/2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

50 Perguntas que Libertam a Mente: Resposta nº26

26. Você preferiria perder suas velhas recordações ou nunca poder construir memórias novas?

Preferia perder as antigas.


Com toda dor de perder memórias antigas - e isso seria completamente trágico -, considero que seria ainda mais trágico, nunca poder construir novas. Seria o equivalente a viver... sem viver.

Construir novas memórias é sinal de que se está vivo e ativo.


Estou considerando a pergunta de maneira filosófica e não literal.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O teu nome é perigo



Tens esses olhos tão castanhos
Que disfarçam-se de negros
Quando querem se esconder
Da cobiça de estranhos

Tens esse sorriso franco
Tão aberto e luminoso
Não permite indiferença
Aos que te querem tanto

Tens esse jeito meigo
De quem possui o mundo
E tens a força dos grandes
Que vencem o absurdo

Há ainda o que escondes
De quem flerta contigo
Armas secretas e letais
O teu nome é perigo

Mateus Medina
05/12/2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sobre ser autobiográfico...

Há muitos, muitos anos, eu li uma entrevista do Herbert Viana, onde ele falava sobre o processo de composição, entre outras coisas.

Já naquela época, eu escrevia poesia (ou pelo menos, eu chamava aquilo de poesia…), e fiquei muito intrigado com algo que ele disse sobre a qualidade de uma composição.

Ele se referia a letras de músicas, mas na minha perspectiva, o que foi dito aplica-se a qualquer composição artística. Ele disse algo parecido com isso: “Limitar-se a compor canções autobiográficas, diminui a qualidade da obra. Desde o momento que deixei de ser autobiográfico em minhas composições, a qualidade da minha obra melhorou muito”.

Se não foi assim, foi parecido…

Nunca consegui esquecer essa entrevista. Ela me fez ler tudo o que eu havia escrito até ali, e realmente consegui constatar, passados alguns anos, que as minhas obras que vieram a seguir a essa entrevista, possuíam uma qualidade literária muito superior.

Noventa por cento daquilo que escrevo, nasce de uma “cena” imaginada. Um “flash”, que pode ser desencadeado por uma infinidade de situações, desde uma imagem, a uma música, uma frase, um olhar… a partir daí, eu invento uma sequência, um passado, um presente, um futuro… e assim nascem a maioria das minhas poesias. Eu deveria ter tido vergonha na cara e ter sido cineasta, mas isso é outra história…

Eu não preciso matar alguém para escrever sobre assassinato. Não preciso roubar para escrever sobre roubo. Não preciso estuprar para escrever sobre estupro. Tudo isso está aí, pelo mundo, nos rodeando. É só “pegar” e poetizar. Simples como isso.

No lado oposto disso, nada nos diz que quando estamos tristes, temos que escrever sobre tristeza. Que se estamos alegres, devemos escrever sobre alegria. Se estamos com raiva, precisamos escrever raivosamente... eu sempre exercitei o contrário, inclusive.

O caminho mais fácil é pegar aquilo que está ali "à mão" e jogar num "papel". Mas não é esse o caminho mais artístico, que busca explorar a infinidade de sentimentos, sensações e possibilidades. Novamente, Herbert Viana entra com a sua lição: Não se limite a escrever sobre o que sente.

Como a intenção desse blog é divulgar a minha arte, ainda que seja só para os amigos e conhecidos, dando uma "zapeada" nele, percebi que precisava reler mentalmente aquela entrevista, e me lembrar que o mundo não gira ao meu redor. Ninguém deve se crer tão importante ao ponto de fazer de si mesmo uma obra de arte. Se algum dia, você for importante a esse nível, alguém escreverá uma obra de arte sobre você…

So, let's move on!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Um passo de cada vez



Primeiro um pé, depois o outro
O medo da queda; latente
Tente caminhar um pouco
Não fique paralisado e dormente

A dúvida nos passos seguintes
O receio de nunca alcançar
Tudo não é mais que um palpite
Por falta de onde se agarrar

A medida que avanças, percebes
Surgirem inesperados suportes
Aceita a ajuda, persegue!
Reprime a dor de antigos cortes

Não olhe para trás a procura
De ver o caminho ensanguentado
Apenas aceite: a tua cura
É fruto do sangue derramado.

Mateus Medina
03/11/2011