Não me julgue pela máscara,
Por um vício ou por um verso
Se no fim já não há nada
Me declaro e me despeço
Não me julgue pela dor,
Por prazeres ou defeitos
Não nasci para o amor,
Não trago coração no peito
Não julgue o meu cinismo
Como fuga ou amargor
Ele é simples amorfismo
Que a própria vida moldou
Não julgue o meu sorriso,
Como mágoa, encenação
Tenho tudo o que preciso
P'ra viver com a solidão
Mateus Medina
15/07/2013