Pela minha hamartia, fui punido
Prisioneiro de uma sorte cruel
Não da morte, o temor do corrossel
Me manteve acovardado, escondido
E agora que caminho - finalmente
Confundem-se as pernas, exauridas
Tantos anos na gaiúta ali em frente
Te escondias - como eu - da própria vida
No meio do caminho nos cruzamos
Pouco importa se por sorte ou ironia,
A vida não nos deixou, por um triz
Hoje o peso um do outro, suportamos,
Aprendemos com as dores; todo dia
Que é possível ser culpado e ser feliz
Mateus Medina
22/10/2013