segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Toda noite ele vinha



Toda noite ele vinha
Sorrateiro e sorridente
Matar a alegria minha
Com a faca entre os dentes

Eu ficava ali parada
Sem qualquer opinião
Não podia dizer nada
Nem que sim, nem que não

Era assim que ele gostava
Toda noite, a noite inteira
Dizendo que me amava
Daquela estranha maneira

Um dia… me cansei
Tomei coragem de mudar
Roubei-lhe a faca e o matei
Na plenitude do seu gozar

Para dentro de mim escorria,
Eu escorria seu sangue pra fora
Sorri da sua agonia
Depois fui jantar… era hora

Mateus Medina
10/10/2011

4 comentários:

  1. Obrigado, Valéria.

    É raro alguém gostar das minhas preferidas... rsrsrs

    Normalmente as minhas preferidas não agradam...

    bjos

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  2. Isso me lembrou o primeiro livro que li da Marguerite Duras... Temas meio parecidos. Falei dele lá no blog. Bem legal: o livro e sua poesia. :-)

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  3. Opa, vou procurar lá pra dar uma lida.

    Surpresa, mais alguém gostou de uma das minhas preferidas rsrsrs

    É tão raro rsrsrs

    bjos

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