quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Quimeras




Das tuas quimeras, nada resulta
Vês a vida com cores infantis
A alegria é tua imperatriz
Te enganas, a vida é força bruta

Não há nuvens que não sangrem
Neste céu há tempos caído
Lavado com pedaços de vidro
Enquanto o chicote te brandem

Foges para dentro da mente
Encontras um canto demente
Que a meio da noite te assombra
Assomo de esperança hedionda

Maldita meretriz; a esperança
Disfarçada de doce criança,
Encarna a mensageira de luz

Dissemina os sentimentos mais vis
Torna a tua busca infeliz
E no fim, só a morte te seduz.

Mateus Medina
16/09/2011

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