quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Costurando feridas



Tenho buscado fervorosamente
Uma agulha, que tudo costure
Esqueço-me com pressa indecente
É da linha, para que perdure

Talvez falte habilidade
Para as minhas grossas mãos
Talvez haja alguma verdade
Na voz que ignoro então

“ – Costure as tuas próprias feridas
E deixe que sare as alheias
Não há outro caminho na vida
Que possa salvar estas veias”

Talvez seja simplesmente
A cínica ironia da vida
Que devemos aceitar

Esperar em agonia crescente
Que cicatrize a tua ferida
Já que não te posso curar

Mateus Medina
21/09/2011

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