sexta-feira, 27 de maio de 2011

A hora de partir



Já é hora de partires,
Há um mundo lá fora a tua espera
Serre os grilhões, grite!
Corra, pois já é tempo
E quando for a hora do lamento
Não reprimas as lágrimas
Que escorrem insistentes
Ferindo a alma enquanto rolam
E se prendem, como garras transparentes
Deixe-as correr, permita-se a dor
E depois que o peito folgar
Sorria e cante alegremente
Sinta a força a te impulsionar,
Já te consegues levantar,
O que importa agora, de verdade
É aquilo que virá pela frente
Já passastes o frio da madruga,
Já sentiste solidão, foste carente
Quando agora te olhas no espelho
Não vês alguém mais consciente?

Mateus Medina
27/05/2011

2 comentários:

  1. Pois é... Eu já me senti assim. E ainda me sinto. Aliás, foi boa a chamada em relação ao "Não vês alguém mais consciente?" Preciso me lembrar disso com mais frequência...

    Poesia é uma coisa, né? Concisa, profunda e causa aquela super identificação em quem lê. Justamente pelo poder de subjetividade que possui.

    Não tenho o dom de lidar com as palavras através da poesia. Mas admiro muito quem tem. :-) Bjos!

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  2. Obrigado, Pri =)

    Uma das coisas que mais amo na poesia, é justamente essa subjetividade, a possibilidade de múltiplas interpretações e identificações.

    Bjocas

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