quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Mais apagadas que acesas

De que servem reflexões vazias
Carregadas de esperanças vãs,
O desejo da chegada de um dia
Em que vida e verdade serão irmãs?

De que servem as luzes que piscam
Ao relento que abriga misérias,
Invisíveis aos seletivos olhos,
Intransponíveis com suas viseiras?

De que servem abraços e preces
Se quando as luzes se apagam
Um e outro se desvanecem?
Não duram, não se propagam

Mateus Medina
26/12/2012





4 comentários:

  1. Versos bonitos! O bom é que seu versejar é de um doce agridoce, por isso intriga o paladar e não enjoa. Que capacidade poética!

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  2. Entendo o tom de desalento. Quase tudo o que brilha é efémero. E longo o que nos entristece.

    Ainda assim:
    Um bom ano de 2013

    Beijo

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  3. Conteúdo precioso de seu poema. Mas não podemos mudar o mundo, só a nós mesmos. Seria muito se o número dos que se encontram no "nós" aumentasse.
    Desejo-lhe a continuidade dos momentos felizes, assim como a perseverança no enfrentamento dos desafios. Bjs.

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