terça-feira, 1 de novembro de 2011

Silêncio travestido




No silêncio não encontro
A prometida paz de espírito
Sorvo-o, engulo-o e caio tonto
A minha volta o ar é etílico

As respostas não estão
No vazio que me preenche
O silêncio é solidão
Não fala, mas sente

Ouço impaciente, os ruídos
Tortos de um torto mundo
Não são ruídos amigos
Inspiram-me ao absurdo

Se acaso o mundo conspira
Não será a meu favor
O silêncio é uma mentira
Fingindo ausência de dor

Mateus Medina
01/11/2011

5 comentários:

  1. Que aflição dessa foto!!!! rs

    Já a ideia contida no poema faz muito sentido. Eu às vezes fico quietinha no meu aparente silêncio repleto de barulho interno que se mistura à poluição sonora externa... ... ...

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  2. Ouço impaciente, os ruídos
    Tortos de um torto mundo

    Sábias palavras

    Abraço

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  3. Pri, se passou aflição, o objetivo foi atingido rsrsrsrs

    É isso mesmo que você disse... nada a acrescentar, você é boa nessa "brincadeira" de interpretar :P

    bjos

    Aclim, obrigado =)

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  4. Mateus,
    Além de eu amar literatura e afins, digamos que eu preciso ser pelo menos mediana nessa "brincadeira" de interpretar... hahahaha Exigências da minha formação, né? Mas como as minhas interpretações dos seus escritos são mega subjetivas e eu coloco muito de mim nelas, então é claro que vai acontecer muito de eu errar feio... rs

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  5. Pois é Pri, tinha me esquecido por momentos que você é "formada em interpretar" hehehehehe

    Quanto ao errar feio, olha... ainda não aconteceu, hein...

    Façamos um acordo: Se acontecer, eu te digo rsrsrs

    bjos

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