segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A minha morte (Parte II)



É brutal ser arrancado da bolha
E jogado no meio do nada,
Onde buracos negros sorridentes
Sugam toda a vida que há
Não enxerguei a foice,
Não vi o manto negro,
Nem senti o frio congelante
Estive distraído
A morte não é sempre igual
Não tem o rosto pálido,
Nem é sobrenatural
A morte é viva!
A minha morte vive,
E vive mais do que eu
A morte é cotidiana e vulgar
Não faz alarde, não chama atenção
Mina a alegria, simplesmente
Suga a vontade e a esconde
Num canto desconhecido,
Para que não se encontre
A morte é uma dor lancinante
Um canivete espetado no peito
Girando freneticamente
Até que a última gota de sangue
Se esvaia sem retorno

Mateus Medina
25/11/2011

2 comentários:

  1. Morremos várias vezes durante a vida. Difícil...

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  2. Pois é... mas faz parte, né?

    Alguma de coisa boa a gente tem que aprender a tirar dessas "mortes", ou então, qual a razão disso tudo?

    bjos

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