quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Dependência

Não sirva de desculpa a escuridão
Se falta a luz, que sobre o tato
Que não se troque o abstrato
Por um qualquer concreto,
Fincado conceito, conceituado
Não há luz, não há certezas
E quem precisa delas?
É pelo tato que se tateia
A teia que em silêncio se forma
Quanto mais a luz escasseia
Mais há teia, mais o fogo ateia
Serpenteia a breve chama,
Aquece por tão pouco
Padece aquele que clama
Pela luz, pela chama; está louco

Mateus Medina
07/02/2013


5 comentários:

  1. Adorei o jogo de palavras, de sentidos. :-) Como sempre, vc se superando. :-)

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  2. Dependências à parte, gosto do ritmo, da aliteração... do poema!

    Um beijo

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  3. Incrível, esse jogo de palavras.
    Tudo tão bem encadeado, cadente, em poesia. Perfeito!
    Fiz u bom passeio, por outros "rabiscos" (demoro, a arruar). Gosto dessa leitura.
    Um beijo, Medina,
    da Lúcia

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  4. O resultado de tudo que fazemos, ou vemos, está no campo da incerteza. Não há luz especial a se procurar, salvo no campo da fé. Nossos dias são repletos de interrogações. Bjs.

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