quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Soneto da Libertação



Decidi não viver na tua sombra,
Faz tempo, mas ainda me lembro
Cortei tuas correntes hediondas
Libertei-me da dor e sofrimento

Sob o teu julgo tiveste-me a chorar
Enrolado em teus tentáculos esqueci
Nem mil braços me podem segurar
Quando deseja a minha mente partir

Encarei-te como o que sempre foste
Aberração por mim criada, alimentada
Uma prisão sem grades, um holograma

Se num instante eras tu mais forte
No seguinte, tua cabeça cortada
Retirava da minha vida um drama

Mateus Medina
29/08/2012

4 comentários:

  1. Lindo... Tudo o que eu desejo fazer agora. :-)

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    1. Meus poemas costumam nascer de qualquer coisa. Um cheiro, um som, uma frase, uma imagem, uma cena... ou uma palavrinha só...

      Este nasceu da palavra "holograma" =)

      Bjos

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    2. Ia comentar sobre essa palavra, também tive a impressão que o impulso veio dela. Parabéns, Medina!

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  2. PERFEITO!

    Se talento eu tivesse, algo assim eu poderia ter escrito... sentindo cada palavra... inclusive as últimas. Amém!

    Bejos Fartos, querido!

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