terça-feira, 14 de agosto de 2012

Por inteiro



Ama-me como mereço
Trata-me como tem que ser
Canta-me a manhã do começo
Pinta-me à luz do entardecer

Dá-me aquilo que preciso
Empresta-me o melhor de ti
Aceita-me com dores e sorrisos
Deixa-me, quando eu quiser ir

Cala-me quando estiver errado
Diz-me se a razão for minha
Olha-me com olhar apaixonado
Apaixona-me hoje e todo dia

E se assim não for, não é verdade
Prefiro não ter nada a ter metade

Mateus Medina
14/08/2012

13 comentários:

  1. "pela metade" é outra forma de dizer "nada"

    Muito conseguido este poema que representa uma concepção do homem, na Modernidade. Recusa todos os "laços" que o possam atar, mas precisa de uma rede afetos que o equilibrem.

    ps: "Prometi voltar" o meu poema, refere-se ao regresso a um livro de Paul Celan que me impressionou por tocar dentro de um certo mutismo (causado pelo terror) o extermínio em Austwitz, do qual o autor sendo um sobrevivente, vê a família a ser assassinada. " Sete Rosas Mais Tarde" numa edição de(1996), edições Cotovia.

    Um beijo

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    1. Lidia, você acabou de colocar mais um livro na minha wishlist rsrsrsrs

      bjos

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  2. Seu poema me lembrou uma história que vivi,,, muito bonita, mas com final triste, como nao podia deixar de ser. A vida e assim mesmo, né?-:)
    Adorei,tanto que uma hora vou pedir permissão pra copiar no meu blog e te dar os créditos,claro;)) Beijao!!!!!!!!!!!!!

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  3. Permissão previamente conedida, Valéria. Quando você quiser =)s

    bjo

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  4. Um poema ou um convite ?
    Gostei muito do pensamento. Desejo de ser e de comunicar-se.
    Voltarei mais vezes.

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  5. Tem coisas que é melhor nao ter se nao puder ser tudo.
    Amor e uma delas.
    Adorei o poema.

    Bjs
    Rossana

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  6. Respostas
    1. Fred, meu camarada, fazia tempo que não "ouvia" essa expressão que adoro... "é de rocha".

      Aquele abraço!

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  7. E se assim não for, não é verdade
    Prefiro não ter nada a ter metade

    Quanta intensidade, hehehe...mas como também sou (meio) bipolar, entendo perfeitamente mas acho que você (ainda) é bem mais romântico que eu.

    Eu não gosto de relações mornas, acabo criando meus dramas pra me sentir viva. E acabei um namoro de 5 anos mais ou menos por esse motivo. Não consigo. Devia mas não consigo...e olha, a paixão acaba, é? O amor também...no meu caso, ficou a amizade (e ele ainda diz que me ama...).

    Vai ver eu é que não sei amar mas isso definitivamente não é assunto pra comentário em blog de amigo! rsrsrrs

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    1. Beth, por acaso há muito de mim nesse poema.

      Em alguns não há quase nada, em outros há metade... nesse há muito, principalmente no verso que você destacou, nessa coisa da intensidade, que se bem observada, pode ser boa e má... no contexto do poema... nem uma coisa nem outra. É apenas a constatação de que "amor pela metade" não vale a pena ser vivido, é perda de tempo.

      Como dizia o poeta "que seja eterno (e intenso, digo eu) enquanto dure..."

      Se acaba? É claro que sim, muitas vezes... outras não... faz parte do jogo...

      bjocas

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  8. Acabei de publicar sua poesia no meu blog.claro que dei os créditos a vc, né!! = P
    Beijos!!

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