sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cócegas



Cócegas nos teus pés,
Sorriso nos teus lábios
Tão diferente este acordar
Livre do mau humor matinal
Beijos, muitos beijos
O cheiro de ontem nos lençóis
Acordamos para um novo dia
Ele virgem, nós depravados,
Pelo prazer dos odores, subjulgados
Ele casto, nós de rasto
Pela noite que ficou para trás
A espera que anoiteça outra vez
E assim teremos muito, muito mais!
O sol nos toca o corpo, logo cedo,
Na infindável preguiça dos amantes
São tantos os livros na estante
E nenhum que explique esse fogo

Mateus Medina
21/05/2012

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