quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Faces da solidão



Porque é na solidão que me encontro
Dela fujo, com a rapidez de um raio
Para não perceber o quão tonto
Nesta desgraçada vida me saio

Porque a solidão me ilumina
A acolho em meus pesados ombros
Faço dela doce amante; clandestina
Deitamo-nos entre os escombros

Porque a solidão me maltrata
Faço toda questão de a maldizer
Me estraçalha, torna a vida ingrata
Apagando as razões do viver

Porque é na solidão que me remendo
Fica a porta aberta pr'ela entrar,
Levar embora o que hoje está doendo
Para qu'eu possa novamente amar.

Mateus Medina
23/02/2012

6 comentários:

  1. A solidão deita-se à noite com os poetas e do amor que os une nascem os mais belos poemas.

    Um beijo

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  2. E desse rabisco de vida;
    Enamora-me as linhas
    traçadas.

    Estou a seguir-te.
    Paz!

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    Respostas
    1. Obrigado, Sahara.

      Estive no teu "cantinho" e também gostei muito =)

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  3. A solidão, quando é por opção, é muito bem vinda. Caso contrário, é um convite à reflexão.

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