segunda-feira, 7 de março de 2011

Na Corda Bamba

Na corda bamba, foi sempre assim
O risco, a dúvida, o medo,
Não importam muito para mim
Desde que eu saiba o teu segredo
Quando as luzes se apagam,
Mesmo quando não há neblina
É difícil observar os teus olhos
Não sei se já estás aqui, ou se ainda vens na esquina
Teus negros olhos, guardam o segredo da vida
Assim como o segredo da morte
Que só revelas ao mais forte
No exato momento da despedida
Em teu esplendor, há dualidade
Há música e paixão, há amor de verdade
Mas, a tristeza coabita, cercada de muita dor
Dentro do poço do nada, na ausência completa de amor
O teu beijo me aquece, ou arrefece
Há dias, há noites, há guerra
Persisto na curiosidade macabra
E a encaro, com tudo que em si ela encerra
Descobrir, descobrir, descobrir…
Ou amar, amar, amar…
Segredos e amores por vezes se matam
É preciso saber por onde andar.

Mateus Medina
03/03/2011

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