segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Bença voinha



Então, minha véia foi simbora
Não de repente. Não sem aviso.
O trem das sete já vinha chegando
E ao longe se ouvia o seu apito

Em alguns momentos acreditei
Que estaria preparado para a hora
O trem partiu, minha véia se foi
Enganado, me pergunto: "e agora?"

É um mundo estranho - esse que fica
Sem o alicerce de todos nós,
Sem a segurança da sua bênça
Que intransponível nos cobria
Perdôe o egoísmo que me move
Mas preciso pedir: Bença, voinha?

Mateus Medina
06/10/2014


4 comentários:

  1. :-( Não é fácil, né? Eu que tenho duas avós ainda, muito, muito amadas, acho que nunca estarei preparada pra isso. É natural, é o esperado, mas não tem como não sentir. Linda homenagem! Bjo

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  2. Não é nada fácil, e por muita "preparação" que haja, quando chega a hora, não dá pra fugir da dor.

    bjos

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  3. Tão belo e tão triste...a partida...

    O meu abraço!

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  4. Nossa voinha botou pra lá na vida dela e nas nossas também!!! Merece tudo de mais lindo!!! Muito amor.

    Bjos

    Manu!

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