terça-feira, 23 de abril de 2013

Hoje não

 Há muito p'ra dizer, mas hoje não
O dia amanheu preguiçoso
Na rede, entre bananeiras
Hoje, me apetece o sossego
Fingir que não passa nada,
Qu'eu não passo em passo errado
Fingir que sou apenas um coitado
Vitma das circunstâncias

Há muito p'ra fazer, mas hoje não
A brisa que me acarinha a face
Me traz a falsa calma (meu desastre)
Sopra frescura para o cárcere
Hoje me limito a acreditar
Que se eu cantar, o amanhã vem diferente

Há estrada a percorrer, mas hoje não
A lua lá no céu faz sua magia
Como boa atriz, me ludibria
Rouba toda minha atenção
Hoje vou fingir que a lua cheia
Será para sempre brilhante
Tiro um livro qualquer da estante
E fica a viagem p'ra amanhã

Mateus Medina
22/04/2013

11 comentários:

  1. Não se diz mais uma palavra quando, de muitas formas nunca claras o suficiente para que os outros entendam, tudo já foi dito.

    [cont´m 1 beijo]

    ResponderEliminar
  2. Tem dias que fico assim também!
    E meu desejo pra você é que a lua sempre esteja linda e brilhante, todos os dias.

    sendo dias de sim
    ou dias de não.

    ResponderEliminar
  3. Parabéns , Mateus !
    Muito bom seu poema de hoje .
    Agradeço a partilha .
    Beijos

    ResponderEliminar
  4. Há dias em que o que nos apetece mesmo é apenas estar parado.
    Magnífico poema, gostei muito.
    Um abraço, caro amigo Mateus.

    ResponderEliminar
  5. Pra que dar atenção ao lamento? Hoje, não.

    ResponderEliminar
  6. Como é bom quando fazemos isso (rss), jogando para amanhã qualquer exercício e nos entregando aos pequenos prazeres. Bjs.

    ResponderEliminar
  7. Hoje não, amanhã eu comento. Tá muito bonito, mas estou com tanta preguiça... Meu abraço.

    ResponderEliminar
  8. Dane-se o tempo. Tem dias que precisamos, mesmo, ignorá-lo para termos mais tempo para nós mesmos! Gostei. Aprecie o livro e depois me conte! Abraço respeitoso, amigo! :)

    ResponderEliminar