segunda-feira, 25 de julho de 2011

Detritos

("Storm at Sea", de Willem van de Velde the Younger)



É com pesar que me prostro
No ócio da dor infinita
Sem dar conta do que gosto
Maldigo a tristeza bendita

Observo, com olhos impassíveis,
O caminho em que me deixo arrastar
Planejando ações impossíveis
Inativo, me permito navegar

Com a maré que me empurra detritos,
Sigo; olhos cerrados, surdo
Sem ligar ao que me chega aos ouvidos

Não faço ideia de onde irei parar
Ou se a meio do caminho, perecerei
Para não ver o fim que chegará

Mateus Medina
25/07/2011

2 comentários:

  1. Com a maré que me empurra detritos,
    Sigo; olhos cerrados, surdo
    Sem ligar ao que me chega aos ouvidos

    ADOREI ESSE VERSO!!! ;))) Bjs

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