quinta-feira, 28 de julho de 2011

Judas, porque isso?



Pois é, esse post é da série "forever alone", eu sei... mas mesmo assim, vou escreve-lo.

Das poucas pessoas que lêem esse blog, 99% não vão até o fim do post, só o camarada Alexandre poderia salvar esse post do "forever alone", mas ele tem andado sumido, então...

Ora bem, ontem estive no Pavilhão Atlântico para presenciar a despedida daquela que considero a segunda banda mais importante de Heavy Metal, o Judas Priest (em primeiro lugar, claro está, o Black Sabbath).

Conforme anunciaram, os Judas Priest estão fazendo a tour "Epitaph Tour", que será a última (mundial) da banda.

Eu comprei o ingresso para esse show em Março, porque previ um Pavilhão lotado, sem espaço nem para se mexer. Isso infelizmente não aconteceu, e é o único ponto negativo a apontar na noite de ontem, o Judas merecia MUITO mais público, naquela que será provavelmente a última apresentação da banda em Portugal...

Quem abriu para o judas foi Queenrÿche. Se apresentou durante 40 minutos, fez um som competente e agradável. Apesar de eu não ser grande fã da banda, foi uma boa abertura.

Quando o Judas subiu ao palco, por volta das 21:30, era possível notar a alegria, já misturada com a saudade, no rosto das pessoas.

O "engraçado" é que era possível ver de tudo, gente com mais 60 anos, pessoal na casa dos 40, jovens de 15, 16 anos, e eu vi até um grupo que reunia 3 gerações (ou assim me pareceu): Avô, Pai e filho juntos, cada um com a sua camisa do Judas, mostrando bem que metal não tem idade...

O show foi magnífico, se bem que o adjetivo aqui, não faz verdadeiramente jus ao que foram aquelas 2:15 minutos, do mais puro, enérgico e verdadeiro Heavy Metal.

Para entrar "de sola", nada melhor do que "Rapid Fire", seguida de "Metal Gods", e a partir daí um desfile por TODOS os álbuns do Judas, com Halford.



Durante todo o tempo o público cantou junto, mas o ponto alto foi em "Breaking the Law", quando APENAS quem cantou foi o público.

Não é qualquer banda por aí, que faça música não-comercial (principalmente metal), em que o vocalista possa simplesmente abdicar do microfone, deixando ao público a incumbência de berrar todas as estrofes de uma canção... "Branking the Law" foi o momento em que eu vi mais gente enxugar as lágrimas. Alguns faziam de maneira disfarçada como eu, outros não se importaram muito em deixar que rolasse o pranto da despedida do "Metal God" e seus companheiros, que mudaram a história do Heavy Metal e da música.

Para "piorar" as coisas, a seguir a "Breaking the Law", vem "Painkiller", onde o refrão foi bradado a muitas vozes - mas claro, nenhuma delas tão "estridente" como a do Halford.

A banda esteve impecável, inclusive o "moço" que substituiu o K.K., quando esse resolveu - estranhamente - não fazer parte da tour de despedida...

Richard Faulkner esteve muito bem no seu papel. Não comprometeu, e pelo contrário, interagiu muito com o público e mostrou que técnica e feeling não faltam para "tapar o burado" deixado pelo K.K.

Halford como sempre, é um show à parte. Impressiona como com quase 60 anos, ele consegue manter a voz que o consagrou, com muita justiça, como o "Metal God".



Impecável - é pena o som do Pavilhão não ter sido também -, não faltou gás em nenhum momento, mesmo depois de mais de 2 horas de espetáculo, saí de lá com a sensação que o Halford poderia repetir a dose sem descanso...

Depois de três "indas e vindas", a banda se despediu mesmo, com "Living After Midnight", cantada por todos, que simplesmente não queriam acreditar que afinal, é fim de carreira para o Judas... Por que isso, Judas?

Confesso que o meu setlist perfeito para essa despedida, incluiria "Last Rose of the Summer" e "Leather Rebel", mas é claro, se todo mundo fosse palpitar no setlist, O Judas Priest nunca mais deixaria os palcos, como seria o sonho de todos nós, que curtimos o bom e velho Heavy Metal...

O Judas se despede assim, cumprindo perfeitamente o seu papel, e o melhor, não sai de cena como uma banda decadente. Sai por cima, com muita energia e competência, e deixando a sua marca na história da música.

Adeus Judas!!!!

4 comentários:

  1. Poxa em Mytha, excelente post do Judas! Me deixou emocionado aqui rapaz, vontade de ir no show deles de despedida em BH, mas nem tem como =/
    Mas ae cara, parabéns, excelente resenha sobre o Show!
    E como tu disse, pro Heavy Metal nao tem idade =).. Apesar dos festivais que vou, geralmente sou o mais novo da turma, e fico meio estranho com isso, mas a sensação é boa rs!
    Forte Abraço, e te tirei do forever alone :D

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  2. Grande Rodolfo, me salvou do Forever Alone heheheh

    Valeu, brother!!!

    Só posso te dizer uma coisa, se você tiver a mínima possibilidade de ir, VÁ. Vai ser, com certeza, um daqueles shows que você vai se lembrar para o resto da vida... a banda está em ÓTIMA forma, e Judas é Judas, e ponto final...

    Grande abraço

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  3. Forever alone nada! Salve Judas Priest! Pena que não pude estar no show em Londres no sábado passado (High Voltage Festival). A banda está no meu Top 5 desde que ouvi pela primeira vez (1988). Valeu pelo post!

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  4. Aeeee Emerson, valeu véio!!!

    A galera do Metal não me deixou forever alone heheheheheheh

    Como você sabe, Judas também está no meu Top 5, e foi realmente um puta show, é pena que foi o meu primeiro da banda e será provavelmente o último =(

    Abraços

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