quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vozes

 (Imagem do quadro "O grito", de Edvard Munch)



As vozes chegam até a mim
Distantes, maçantes e irritantes
Falando de coisas que não me interessam
Arrisco um sorriso pálido,
Como quem ouve e não entende
Mas finge que se importa
Eu não me importo
Quanto mais alto elas bradam
Maior é a minha irritação
É um jogo sem sentido
De fingimento, malícia e ilusão
Que vai arrastando pelo caminho
Almas toscas e corações vazios
Pobres almas, pueris como as próprias vozes
Inadimplentes perante a vida,
Desiludidas com seu miserável destino
Calem-se, se nada têm a dizer

Mateus Medina
08/07/20011

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