sexta-feira, 7 de março de 2014

Sê a viagem



Não me venha contar o que já sei,
Sentar ao meu lado na poltrona
Enquanto a vida nos passa por cima
Traz bagagem, sê a viagem,
Ou então, a porta está aberta

Não olhes a minha tristeza
Com esta vaga indecisão
Tenho monstros embaixo da cama
Que insistentes, me puxam os pés
Agarra as minhas mãos - ou as deles
Só não sejas espectadora

A certeza já pouco me interessa,
Me importa mais o desconhecido
Vem comigo aonde nunca estive,
Me beija de um jeito diferente,
E me diz tudo o que não espero
Ou então, é melhor que não venhas

Mateus Medina
07/03/2014

12 comentários:

  1. Engraçado... Olhando a minha vida vi que tive momentos exatamente iguais... Lindo! Bjo!

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  2. Há sempre uma altura, que apetece o diferente,
    virar a vida de cabeça para baixo...ou talvez o contrário do que se vê,
    faça mais sentido na viagem...

    Bom fim de semana, Mateus.
    Beijo

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  3. Homens também são complicados, não?
    Ótimo fim de semana, Mateus!

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  4. Cara, tá difícil encontrar alguém que entre por nossa porta trazendo a faca que mata a solidão.

    Enfim você ressurge, hein!
    Abraço

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  5. As mesmices também me irritam as vezes....

    Belo regresso.

    Beijinho.

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  6. Se não trazes novidades é melhor mesmo que não venhas, todos nós estamos sempre na expectativa do desconhecido. Meu abraço.

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  7. A novidade e o desconhecido estimulam e nos atraem. Mas é o que já nos foi apresentado que traz paz. Abraço.

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  8. Concordo Mateus! É urgente a criatividade, a originalidade...estamos fartos de estereótipos e de ideias pré concebidas.
    Na poesia também se aplica. Há que renovar, há que reinventar novas palavras, novas emoções, novos sonhos, novas esperanças.
    Abraço amigo...gostei muito deste apelo!!!

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  9. Para que a jornada seja compartilhada, realmente não é preciso tanta bagagem, basta, como você diz, sê a viagem.

    Bjos!

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  10. A viagem está (ou não) dentro de cada um...
    Magnífico poema, gostei.
    Mateus, tem uma óptima semana.
    Abraço.

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  11. A decisão de ser e estar junto, sonhos diferentes. Porém com a mesma vida e vontade. O impulso ao dar as mãos. Foi o que senti. Adorei. Um beijo Mateus :)

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