segunda-feira, 16 de setembro de 2013

À puta que pariu

Num macabro acaso da vida
Cruzaram meus olhos com os teus
Os meus opacos - pura neblina
Os teus cansados - gritos de adeus

Jamais te poderia ajudar
Ainda e mesmo que quisesse
Nunca aprendi o que é amar
E tu, o amor não mereces

Fomos um do outro a ruína
Doente obsessão nos consumiu
Mergulhaste na minha neblina
Mandei-te à puta que pariu

Mateus Medina
18/01/2013


8 comentários:

  1. Que desencontro. Sei não, acho que os dois aprenderam e muito! :)

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  2. Ola Matheus,

    Adorei!! Porque é assim mesmo quando estamos de saco cheio, mandamos mesmo.

    Bem criativo.

    beijos

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  3. Adorei, Mateus! É mesmo assim, não a poesia dos anjos e dos céus, não um romantismo podre, mas uma poesia concreta da realidade de muitos de nós!
    xx

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  4. Um poema que me fez sorrir...espero que o desencontro amoroso tivesse sido apenas ficção do poeta!!

    Uma boa semana!!!

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  5. Dois olhares que não são mantidos por muito tempo. Ambos trazem tristeza e não propiciam um complemento de magia. Bjs.

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  6. De verdade, gosto muito dos teus escritos!

    Na vida, é preciso às vzs delegar à PQP certas pessoas... e romantismo é geralmente cafona.

    Bjo

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  7. Nem todo o amor é conto de fada.
    Há uns que fazem mais mal que bem e a esses o melhor mesmo é mandar...(para aí). :)

    Beijo

    Sónia

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  8. Tem horas que nada melhor para terminar um verso com um bom "à puta que pariu". Adorei!! Rsrsrs...

    Bjos

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