terça-feira, 31 de julho de 2012

Versos derramados

Aperto o passo, com pressa
Me persegue a luzídia paixão
Não vejo nada, ora essa!
Ao fim e ao cabo, será ilusão?

Se fecho os olhos, enxergo
Na ponta dos dedos cheiro
Sinto-lhe o gosto; me vergo
Brota o verso, não o derradeiro

Escorrego entre tons... e sons
Faço a vontade da alma
Quando vem o silêncio; batons
Salpicam de vermelho a sala

Nasce outro verso, é agora
Esse sim, será o derradeiro
Derrama-se a chuva lá fora
Cá dentro, escorre o verso inteiro

Mateus Medina
31/07/2012





3 comentários:

  1. Toda paixão, é afinal uma ilusão.
    Que estes não sejam o derradeiro verso.

    Abços

    Rossana

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  2. De como nasce o poema. Arte poética e "saber fazer"

    Belíssimo!

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  3. Passeando a procura de blogs, cheguei aqui e gostei.
    Abraço,
    Regina
    www.livroerrante.blogspot.com

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