terça-feira, 15 de maio de 2012

Convulsões



Pelas janelas da alma, observo
Tanto do que desejo sentir
Tanto do que desejo evitar
Das recordações senis, os cheiros
Das expectativas sonhadoras, o mar
Lá ao longe, tão longe, sem ondas
Sem freios ou limites, sem sal
Liberto do mal, fugídia imagem
Perde todo o sentido o horizonte
Quando se fecham as janelas,
Quando chove de dentro para fora
Pelas janelas da alma tudo entra
Se alojam sentimentos, impressões
E o que fica entre a alegria e a tormenta
É somente o que é real; convulsões!

Mateus Medina

1 comentário:

  1. Quem olha o mundo através da alma, arrisca-se a dar com paisagens devastadoras, pois a natureza humana assenta num foco de convulsões e inquietações.

    Um beijo

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