Hoje sirvo a poesia crua,
Escorrendo sangue pela mesa
Pronta a entupir gargantas
Cínica, dura e pegajosa
Sufoquem, malditos hipócritas
Hoje a poesia sabe mal
Hoje sirvo (a) dura a poesia
Se espalha pelo chão, balbucia
Geme, chora e se debate,
Mas grita a plenos pulmões
Aquilo que mais ninguém grita,
Aquilo que ninguém acredita
Hoje a poesia se ergue
Enquanto pisa as vossas faces
Nega qualquer fragilidade
Sem ritmo, amor ou melodia
Tudo o que arde é poesia,
E toda poesia hoje arde
Hoje a poesia é violência
Resiliência, dureza e colisão
Bate, sem dó nem piedade
Cerca, não vos deixa escapar
Gargalha das fracas bravatas
Hoje, a poesia mata
Mateus Medina
24/05/2012
Visceral! Quero morrer embriagada de poesia...
ResponderEliminarSou super a favor também da poesia que mata, esfaqueia o peito e dá tapa na cara. Às vezes é preciso uma "sacudida". Morrer pra renascer melhor. Dilacerar pra causar aquele revertério que propicia mudança. É isso...rs
ResponderEliminarE assim são os poetas, podem ser doces ou amargas as palavras que se soltam da sua boca...
ResponderEliminarSe é para matar os hipócritas, então, que venha a crua poesia.
( Nao, Mateus, não estavas cego. Não sei bem porquê, mas 3 postagens, não permitiam comentários. Já resolvi o problema, obrigada por avisares.)
Bom fim de semana.
Beijo
Sónia
Achas Mateus...achas que a poesia mata? E se for a fingir?
ResponderEliminarAbraço grande
Muito bom! Morte de vez em quando cai bem. De quem é autoria da imagem?
ResponderEliminarA imagem retirei do google, sem indicação de autoria (está numa dúzia de blogs diferentes e nenhum deles cita).
EliminarAquele abraço!
ResponderEliminarA poesia é sempre transbordo. Este seu poema , mais do que servir(-se) (d)a poesia, é um punhal que, particularmente, me atingiu.
Gostava de ter sido eu a escrevê-la, assim, fria e cortante!
Obrigada!
Beijo
Laura
Mateus ,
ResponderEliminarA sua poesia servida , crua , cozida ,
" al dente " ou frita , será sempre perfeita .
Parabéns .
Grande abraço e ótimo final de semana
Olá Matheus!
ResponderEliminarRapaz que poesia forte e crua realmente!
Você sabe mesmo ewscolher as palavras!
Muito bom.
Deixo a poesia que abraça, para acalmar essa morte. :)
ResponderEliminarPoesia cuspida.
ResponderEliminarNunca sabemos ao certo que parte de nós é poesia, que parte é vida. Sabemos que uma e outra, por vezes doem, por vezes afagam, por vezes matam... Mas sabemos também que sempre nos levam de mansinho pelos seus passos. E nós... vamos!
ResponderEliminarBeijo meu
Gostei deste desabafo, mas a verdade, é que às vezes a poesia mata...mas ao mesmo tempo liberta.
ResponderEliminarBeijinhos
Olá Mateus!
ResponderEliminarMais um de seus fortes poemas.
Um bom jogo de palavras.
Pra mim a poesia só "mata" de amor. rsrs
Beijos,
Lis
A poesia nos fere mas também nos acalma. Ela mata, geme e chora. Mas ela sempre vêm do fundo da nossa alma...
ResponderEliminarBjus e boa semana!
Gosto muito dela assim também...
ResponderEliminarBeijo.
teus poemas sempre me caem bem.
ResponderEliminarsaudade
[cont´m 1 beijo]
já dizia Natália Correia que a poesia é para se comer.
ResponderEliminarportanto, a poesia ou as palavras nela debitada, até pode "matar".
um poema que é um grito de revolta.
um beijo
:)
Os poetas são suicídas por natureza!
ResponderEliminarNem sempre chega com lirismo. Pode trazer inconformismo e cortar como lâmina afiada. Mas será, todo o tempo, amada. Bjs.
ResponderEliminarIrretocável. Parabéns! :)
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