Sei como é o frio na barriga
Quando chega a hora de partir
Treme a mão, palpita o coração
A sala encurta, tudo se aperta
É um segundo de desespero
Que se prolonga e se estica
Enquanto o coração se nega
A caminhar, em vez de correr
Vai passar, eu sei e tu também
Mas até lá a dor se espalha,
O medo ri da nossa cara
Somos palhaços fora do circo
Soltam-se as mãos, se desenlaçam
O compasso de espera não termina
Ali em pé, a espera que aconteça
Um milagre, uma coisa qualquer
Mateus Medina
27/02/2013