Não me siga, não sou valente
Debaixo dos meus braços
Não terás proteção
Se um dia fui capaz
De proteger e alegrar
Esse dia já ficou pra trás
Não me leve tão a sério,
Me rebelo facilmente
Mudo de rumo, tomo atalhos,
Corro de esquina em esquina,
Flerto a morte, arrisco a sorte
Ao meu lado nada se ilumina
Não acredite em palavras ditas
Na cama, entre um ofegar e outro
Serve a mim a vista turva,
O desejo inconsequente,
Falo aquilo que é preciso
Para ter prazer ardente
Não me siga, é perigoso,
Nada te posso prometer
Das promessas que um dia fiz
Restaram cinzas, incumprimentos
Nada do que digo, sustento
Provoco dor, tristeza e tormento
Não, por favor, não me siga
Não tenho salvação nem esperança
Não sei se algum dia fui criança
Inocência, nunca conheci
Nasci para lágrimas e açoite,
É longa a minha noite; já morri
Mateus Medina
10/08/2012
Adorei!!!-:)
ResponderEliminarBelo escrito!
ResponderEliminarÉ um belo poema num tom que situo entre o trágico e o doce.
ResponderEliminar"Não me sigas". Caminha a meu lado...
Beijo meu