Pois é, esse post é da série "forever alone", eu sei... mas mesmo assim, vou escreve-lo.
Das poucas pessoas que lêem esse blog, 99% não vão até o fim do post, só o camarada Alexandre poderia salvar esse post do "forever alone", mas ele tem andado sumido, então...
Ora bem, ontem estive no Pavilhão Atlântico para presenciar a despedida daquela que considero a segunda banda mais importante de Heavy Metal, o Judas Priest (em primeiro lugar, claro está, o Black Sabbath).
Conforme anunciaram, os Judas Priest estão fazendo a tour "Epitaph Tour", que será a última (mundial) da banda.
Eu comprei o ingresso para esse show em Março, porque previ um Pavilhão lotado, sem espaço nem para se mexer. Isso infelizmente não aconteceu, e é o único ponto negativo a apontar na noite de ontem, o Judas merecia MUITO mais público, naquela que será provavelmente a última apresentação da banda em Portugal...
Quem abriu para o judas foi Queenrÿche. Se apresentou durante 40 minutos, fez um som competente e agradável. Apesar de eu não ser grande fã da banda, foi uma boa abertura.
Quando o Judas subiu ao palco, por volta das 21:30, era possível notar a alegria, já misturada com a saudade, no rosto das pessoas.
O "engraçado" é que era possível ver de tudo, gente com mais 60 anos, pessoal na casa dos 40, jovens de 15, 16 anos, e eu vi até um grupo que reunia 3 gerações (ou assim me pareceu): Avô, Pai e filho juntos, cada um com a sua camisa do Judas, mostrando bem que metal não tem idade...
O show foi magnífico, se bem que o adjetivo aqui, não faz verdadeiramente jus ao que foram aquelas 2:15 minutos, do mais puro, enérgico e verdadeiro Heavy Metal.
Para entrar "de sola", nada melhor do que "Rapid Fire", seguida de "Metal Gods", e a partir daí um desfile por TODOS os álbuns do Judas, com Halford.
Durante todo o tempo o público cantou junto, mas o ponto alto foi em "Breaking the Law", quando APENAS quem cantou foi o público.
Não é qualquer banda por aí, que faça música não-comercial (principalmente metal), em que o vocalista possa simplesmente abdicar do microfone, deixando ao público a incumbência de berrar todas as estrofes de uma canção... "Branking the Law" foi o momento em que eu vi mais gente enxugar as lágrimas. Alguns faziam de maneira disfarçada
Para "piorar" as coisas, a seguir a "Breaking the Law", vem "Painkiller", onde o refrão foi bradado a muitas vozes - mas claro, nenhuma delas tão "estridente" como a do Halford.
A banda esteve impecável, inclusive o "moço" que substituiu o K.K., quando esse resolveu - estranhamente - não fazer parte da tour de despedida...
Richard Faulkner esteve muito bem no seu papel. Não comprometeu, e pelo contrário, interagiu muito com o público e mostrou que técnica e feeling não faltam para "tapar o burado" deixado pelo K.K.
Halford como sempre, é um show à parte. Impressiona como com quase 60 anos, ele consegue manter a voz que o consagrou, com muita justiça, como o "Metal God".
Impecável - é pena o som do Pavilhão não ter sido também -, não faltou gás em nenhum momento, mesmo depois de mais de 2 horas de espetáculo, saí de lá com a sensação que o Halford poderia repetir a dose sem descanso...
Depois de três "indas e vindas", a banda se despediu mesmo, com "Living After Midnight", cantada por todos, que simplesmente não queriam acreditar que afinal, é fim de carreira para o Judas... Por que isso, Judas?
Confesso que o meu setlist perfeito para essa despedida, incluiria "Last Rose of the Summer" e "Leather Rebel", mas é claro, se todo mundo fosse palpitar no setlist, O Judas Priest nunca mais deixaria os palcos, como seria o sonho de todos nós, que curtimos o bom e velho Heavy Metal...
O Judas se despede assim, cumprindo perfeitamente o seu papel, e o melhor, não sai de cena como uma banda decadente. Sai por cima, com muita energia e competência, e deixando a sua marca na história da música.
Adeus Judas!!!!
Poxa em Mytha, excelente post do Judas! Me deixou emocionado aqui rapaz, vontade de ir no show deles de despedida em BH, mas nem tem como =/
ResponderEliminarMas ae cara, parabéns, excelente resenha sobre o Show!
E como tu disse, pro Heavy Metal nao tem idade =).. Apesar dos festivais que vou, geralmente sou o mais novo da turma, e fico meio estranho com isso, mas a sensação é boa rs!
Forte Abraço, e te tirei do forever alone :D
Grande Rodolfo, me salvou do Forever Alone heheheh
ResponderEliminarValeu, brother!!!
Só posso te dizer uma coisa, se você tiver a mínima possibilidade de ir, VÁ. Vai ser, com certeza, um daqueles shows que você vai se lembrar para o resto da vida... a banda está em ÓTIMA forma, e Judas é Judas, e ponto final...
Grande abraço
Forever alone nada! Salve Judas Priest! Pena que não pude estar no show em Londres no sábado passado (High Voltage Festival). A banda está no meu Top 5 desde que ouvi pela primeira vez (1988). Valeu pelo post!
ResponderEliminarAeeee Emerson, valeu véio!!!
ResponderEliminarA galera do Metal não me deixou forever alone heheheheheheh
Como você sabe, Judas também está no meu Top 5, e foi realmente um puta show, é pena que foi o meu primeiro da banda e será provavelmente o último =(
Abraços