Roubo sorrisos, temo a indiferença
Gosto de gente, mas não é sempre
Sou capaz de ditar uma sentença
Paraliso quando me vejo ao leme
Gosto de cama, de olhares juvenis
Sem reservas me entrego ao prazer
Desconfio do que se não diz
Quando em verdade devia se dizer
Me encanta o olhar mudo, a leveza
O silêncio que vem no tempo certo
Na mesma mala, alegria e tristeza,
No mesmo fado a praia e o deserto
Sou egoísta, tudo quero só pra mim
Ainda assim não me ouses rotular
Pois se um dia faltar a vida a ti
Dou-te a minha sem pestanejar
Mateus Medina
29/01/2013
Também não gosto de rótulos, mas se pudesse usar um rótulo, neste poema escreveria:
ResponderEliminar"Poema de amor conservado em partículas de açúcar"
Um beijo
Seria impossível, além de reprovável, rotular um ser humano, ainda que seja totalmente previsível ou que apresente características diferenciadas. Nossa aparência e individualidade enriquece o mundo.
ResponderEliminarSeu poema é muito belo e nem o consideraria egoísta por desejar o que é bom. Bjs.
Pois é, vivemos todos nessa dicotomia...
ResponderEliminarO seu melhor texto que li até hoje!
ResponderEliminarSensacional!
Parece comigo.