Quiseste arrancar tuas memórias
No tempo em que a dor vencia
Tolo desejo de apagar a história
Reescreve-la em traços de fantasia
Lutaste o possível, até não mais poder
E mesmo enquanto isso, tu fingias
Divagaste a sonhar com o que poderia ser
Mas não era, nunca foi, jamais seria
Novas memórias são incapazes
De tomar o lugar às mais antigas
Não desbancam executores mordazes
Que nos chicoteiam velhas feridas
São falsas as memórias; todas elas!
Dignas de nenhuma confiança
Na escuridão da caserna são velas
Até que tombam, incendiando a esperança
É inútil batalhar contra memórias
Se lhes convém são fumaça em vendaval
São também parte da verdadeira história
Alimentam-se da ilusão e do real
Mateus Medina
10/07/2012
Essa sua poesia me faz lembrar o dito popular que diz que " felicidade e ter boa saude e memória curta"
ResponderEliminarEta maldição da qual nao me desfaço.... Tem muita coisa que queria esquecer!!! Kkkk beijos