Doem as pernas de não caminhar
Ociosas, pesadas, esquecidas
Para o coração por não amar
Silêncio, vazio, feridas
Tortos os dedos de não escrever,
Histórias que nunca nascerão
Já não importa viver ou morrer,
Com essa atrofia nas mãos
A boca esticada de nunca sorrir
Dissimula a alegria perdida
O beijo que cala o chegar e partir,
Também cala a verdade esquecida
Rouca a garganta de nunca gritar
A verdade que se debate n'alma
Relega ao silêncio as vibrações do ar,
Que não vibra, em pretensa calma
Mateus Medina
07/11/2012
Um poema triste, por todas as coisas não realizadas...
ResponderEliminarGostei muito.
Abços
Rossana
Do caralho essa segunda estrofe, meu nobre!
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