Arremessado em ruas de iniquidade
Arrancado do seio do qu'era belo
Vil destempero de impunidade
Agarrou-se em minh'alma, fez castelo
Se arranco prazeres do invariável destino
É porque vislumbro sorrisos incoerentes
A exibirem-se com pureza de menino
Encovando improbidades eloquentes
Em vielas banhadas pela ausência de luz
Fui criado em efervescente desamor
Distinguido com medalha de pífia cruz
Todo mal que me seduz eclodiu
Quando marcado pela dor, renasci
Neste mundo onde o sol jamais saiu
Mateus Medina
13/03/2012
Tem coisas que você escreve que me arrebatam na primeira "passada de olho"...
ResponderEliminar"Se arranco prazeres do invariável destino
É porque vislumbro sorrisos incoerentes"
AMEI isso!
Grande beijo!
Pesadíssimo esse último verso do soneto.
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