Somem as palavras, voam por aí
Sei bem as qu'eu queria usar
Deixo-as partir, de propósito
Talvez por medo que gravadas
Sejam mais do que pensadas
Sentidas, molestam-me sem dó
Arrancam-me da quietude, do marasmo
Mas não me movo, ou se o faço
Ninguém é capaz de notar
Meus pés não saem do lugar
Minha mente vaga e continua
No contínuo eco das palavras temidas
Tremidas, sempre voltam, a titubear
Persistem no intento de se expôr
Expondo-me com sua bruta malícia
Sinceridade desnecessária
Não abro! Resisto!
Chocam-se as palavras lá fora
Pretensiosas, anseiam pela eternidade
Não é por orgulho ou covardia
Não as gravarei, não as direi
Baterão nas portas da minha mente
Até que o impossível aconteça
E do outro lado venham palavras
Que juntas, façam qualquer sentido
Se não for assim
Que morram de frio lá fora...
"Até que o impossível aconteça
ResponderEliminarE do outro lado venham palavras
Que juntas, façam qualquer sentido
Se não for assim
Que morram de frio lá fora..."
Lindo!