Sopraram-me o fogo na testa
Marcaram-me as pernas com aço
Beberam, tal qual fosse festa
Julgaram-me morto; erro crasso
Despertaram o que hoje sou
Não qu’eu já não o fosse
Dormia em mim desamor
Antes amargo, hoje é doce
Com prazer me revelo
Para quem me quiser conhecer
Quem busca da vida o que é belo
Precisa de mim se esconder
De tudo o que é vivo eu troço
Destroço com prazer banal
Chupando o tutano dos ossos
Olhar-me nos olhos; é fatal
Mateus Medina
25/10/2011
Ai, que angústia! Isso quer dizer que a poesia é boa! ;-)
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