“Eu que não me sento no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar”
(Raul Seixas, em “Ouro de Tolo”)
Acomodar-se é fácil, prático e evita trabalho.
Acomodar-se é vergonhoso, deplorável e deprimente.
Quando alguém se acomoda a uma situação, seja ela qual for, o subtexto que está implícito é: Eu não sou capaz de mais.
Vemos diariamente pessoas acomodadas, e fazemos parte deste rol em algum aspecto da nossa vida – eu pelo menos, faço aqui um “mea culpa”. No entanto, vemos também alguns exemplos de quem não se acomoda, de quem “vai a luta” e vence os desafios que lhe foram impostos, ou que muitas vezes traçou para si mesmo.
O que diferencia essas pessoas daquelas que “não conseguem”? É atitude. É ação. É movimento.
A vida implica movimento, e a preguiça – mãe da acomodação – é a “estrela” de uma peça em quem alguém se acomoda.
É mais fácil não agir, deixar como estar, se utilizando muitas vezes de desculpas como “poderia ser pior”, “há quem esteja pior do que eu”. A isso se chama nivelar-se por baixo.
Muitas vezes, olhamos para alguém que “venceu na vida”, e nos pegamos a pensar as razões que levaram esta pessoa por esse caminho. Salvo casos onde as vias são “tortas”, todas essas pessoas “vencedoras” possuem algo em comum: Movimento.
Movimento do corpo, da mente, de ideias, mudança, adaptação…
A própria natureza nos prova, que aquele que não se adapta é o primeiro a perecer. Assim é a vida, assim é a lei.
Nisso não reside qualquer injustiça para com “os fracos e oprimidos”, é apenas uma regra, que serve para todos, e que alguns conseguem ter plena consciência, enquanto outros possuem apenas uma parca – por vezes nula – noção.
Não há fórmulas de sucesso, de felicidade, de amor. O ser humano consegue a proeza de ser tão igual, quanto diferente, por isso, a cada um de nós, cabe a missão de encontrar o caminho, o jeito, a intensidade daquilo que desejamos para as nossas vidas.
A falta de ambição na vida de uma pessoa, pode ser algo devastador. A ambição exagerada também, é claro.
No entanto, a falta de ambição é algo que age como um paralisante. Uma pessoa sem ambição não precisa se mover, lutar, desejar, criar, vencer… ela só precisa existir, e isso basta (algumas vezes essa falta de ambição ao limite, chega até ao ponto de que existir nem é fundamental, pode-se dar um fim a vida, que tanto faz).
Quando se fala em ambição, a maioria das pessoas fazem uma associação imediata com dinheiro/poder. Não é o caso aqui.
A ambição a qual me refiro, tem a ver com aspectos internos, com reflexões sobre o que somos, quem somos, e o que fazemos aqui.
É preciso coragem, garra, vontade e determinação, para deixar de lado o desejo fácil de se acomodar, e buscar aquilo que desejamos. Desde as coisas mais simples, até as mais complexas.
Se assim não for, a vida vai passar, e um dia você vai dar consigo mesmo “sentado no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar.”
Mateus Medina
25/05/2011
;-)
ResponderEliminarEntão mexamos nos...
ResponderEliminarEncontro neste seu texto resposta para muito do insucesso chorado por aí e atribuído a causas exteriores ao sujeito, quando na verdade, o segredo do êxito está na determinação com que enfrentamos a vida e corremos atrás dos sonhos.
ResponderEliminarMovimento, então...
Um beijo
amei sua reflexão!! tudo o que menos quero é ficar sentada na janela, vendo minha vida passar :PP bjs
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