Solitária, inerte e fria
Acaricio-lhe, olhos fechados
Tentando recordar a sensação
Do peito que acelerado ardia
Quando mais um tombava,
Quando mais um caía,
E de mim a humanidade escapava
Já sabia, quando escolhi ficar
Que iria chegar o momento
Do choro arrastado e lento,
Do cheiro desagradável...
Carne perfurada, alma que arde
Serei valente? Serei covarde?
Talvez nunca se saiba,
Talvez a bala não caiba
Talvez a bala não caiba
Restará o meu corpo jogado,
O julgamento caído por perto
Morto pela própria bala
Terei agido errado ou certo?
Uma vida por tantas outras
Em frente, seguiu o batalhão
Hão de adornar com inútil medalha
O desconhecido corpo no caixão
Uma vida por tantas outras
Em frente, seguiu o batalhão
Hão de adornar com inútil medalha
O desconhecido corpo no caixão
Mateus Medina
27/07/2013
E tantos que são presos sem estar na prisão.
ResponderEliminarAdorei sua visita
beijos
Intenso e belo , Mateus . Beijos
ResponderEliminar"Hão de adornar com inútil medalha
ResponderEliminarO desconhecido corpo no caixão"
A vida, a vida, o maior de todos os bens
que lindo!
ResponderEliminarobrigada pela tua poesia.
bj meu
Forte corajoso e triste Mateus
ResponderEliminarNem sabendo ser só na ficção costumo ler até o fim rs mas seu poema prendeu-me,
que nossos anjos estejam atentos ,ok?
abraços e obrigada pela passadinha por lá.
Meu amigo, é um dos poemas mais tocantes já li! Sem mais.
ResponderEliminarBelo poema expondo o lado triste das guerras. Meu abraço.
ResponderEliminarUm poema de guerra...
ResponderEliminarE brilhante.
Gostei imenso.
Mateus, tem uma boa semana.
Abraço.
Não entendo a guerra...
ResponderEliminarExcelente poema, Mateus.
Beijo
A guerra é mesmo triste, Mateus.Não há respeito nem pelos mortos.
ResponderEliminarSeus versos pareceram luz sobre a escuridão. Muito bonito Mateus. Beijo.
ResponderEliminarHá um lado da guerra que ninguém gosta de falar...ou ler... a não ser neste poema tão sentido e angustiante,
ResponderEliminarGostei.
Bjs
Graça
Tantos sedentos de sangue, enquanto outros tais, sequer são dignos de descansar em paz.
ResponderEliminarAmigo, um poema belo mas muito sofrido. Beijos com carinho
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