terça-feira, 4 de junho de 2013

Destroços de ilusão

Corro, desesperado
Exasperando em exagero
A vida inteira fui enganado
Engarrafaram meu desespero

Se não morro, não sou culpado
Indignado, bem que tentei
Declara a lei: não sou errado,
Se amado não fui - nem serei

Ainda ontem, arrebatado
Desarrumado, o tempo gira
O arrebite arrebitado
Do arrebate é só mentira

Incompreendido, inconsolável
Abomino a nefasta ilusão
De um céu deveras inviolável
Inefável, germinado de perdão

Mateus Medina
03/06/2013







Publicada por Mateus Medina à(s) 12:38
Etiquetas:

18 comentários:

  1. mﾑ尺goん4 de junho de 2013 às 13:39

    Na busca dos saberes... cada dia
    alguma coisa é acrescentada.
    Na busca da sabedoria... cada dia
    alguma coisa é abandonada.

    [não é assim?]

    Beijo

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  2. JP4 de junho de 2013 às 13:54

    Há ilusões que acabam em destroços....

    ....e ficamos assim!

    Abraço

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  3. NEL SANTOS4 de junho de 2013 às 13:57

    É, o tempo gira... E o hoje é o único tempo em que as coisas realmente acontecem.

    Abraço,

    Nel

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  4. Rovênia4 de junho de 2013 às 14:41

    Engarrafaram meu desespero/ Se não morro, não sou culpado...

    Parabéns! :)

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  5. Ana Bailune4 de junho de 2013 às 16:49

    E a vida vai... e viva la vida!

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  6. Laços e Rendas de Nós4 de junho de 2013 às 17:48


    Para além do conteúdo (gosto), acho perfeito o uso das fricativas, a alternância das vogais abertas sugerindo gritos e, na última estrofe, as nasais como que deixando uma ressonância dos destroços.

    Parabéns, Mateus! Gosto mesmo!

    Beijo

    Laura

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  7. MARILENE5 de junho de 2013 às 04:56

    Fez dos verdadeiros destroços um lindo poema. Bjs.

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  8. Andre Mansim5 de junho de 2013 às 17:55

    Belo poema meu amigo!
    Tempo, caos, desespero e beleza... Tudo misturado!

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  9. Nilson Barcelli6 de junho de 2013 às 19:30

    Há desesperos assim...
    Magnífico poema.
    Um abraço, caro amigo Mateus.

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  10. Marisa Giglio8 de junho de 2013 às 13:42

    Perfeito , Mateus .
    Suas metáforas me encantam .
    Bom final de semana
    Beijos

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  11. Fred Caju8 de junho de 2013 às 15:08

    O arrebite arrebitado
    Do arrebate é só mentira

    Do caralho isso!

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  12. Rafael Castellar das Neves10 de junho de 2013 às 13:42

    Angustiante! Gostei da intensidade e da amargura que transmite...nos faz lembrar claramente de momentos assim!

    []ss

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  13. Rita Freitas10 de junho de 2013 às 20:17

    Sim, há destroços assim :)
    Gostei de lê-lo

    Bjs e boa semana

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  14. Shirley Brunelli10 de junho de 2013 às 23:05

    Legal, bonito, Mateus... Pensando bem, tudo nessa vida é ilusório. Beijos!

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  15. Antônio LaCarne11 de junho de 2013 às 15:47

    encantado com o poema, mateus.

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  16. Anderson Lopes12 de junho de 2013 às 12:36

    Com destroços também se ergue uma casa
    Constrói-se um poema....

    Beleza, cara!

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  17. Nilson Barcelli12 de junho de 2013 às 19:22

    Reli com igual interesse, já que não publicaste novo poema.
    Abraço.

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  18. vida entre margens13 de junho de 2013 às 18:18

    São os desencontros da vida, que nos impulsionam muitas vezes...digo eu!!
    Perfeita arte de usar a metáfora!!!

    Dia feliz!!!

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