Afaste-se um pouco, é mais seguro
Minhas correntezas partem remos
São caudalosas as correntes
Que espancam minha alma
Nada cessa, nada acalma
Afasta-te, pelo bem do teu futuro
Perscrutar meu lar é um perigo
Há caminhos sem volta, vícios fétidos
As portas fecham-se, tu sufocas
Fica tudo espalhado no sofá
O rastro da alegria que não há
É em si próprio a ilusão de abrigo
Pode vir, mas vá antes que amanheça
É que tenho a alma encharcada
De sombras, veneno e mais nada
Os armários abarrotam de dor
E é impossível arranjar espaço
Para essa coisa que tu chamas amor
Mateus Medina
04/03/2013
Era assim que eu me sentia há 7 anos e pouco, antes do meu amor entrar na minha vida. Agora está tudo diferente. :-)
ResponderEliminarolá, Mateus. Retribuindo a visita.
ResponderEliminarQue bacana; me identifico com muito com teus textos, e achei incrível vc deixar um comentário num poema que mais se distância da 'nossa línguagem', assim penso eu...hehe...valeu, de verdade. Forte abraço
Mateus,
ResponderEliminarPara o amor há sempre espaço...e a alma ficará limpa de sombras, venenos e dor.
Abraço
ResponderEliminarOlá Mateus,
Intenso rejeitar do amor.
Quando ele chega, desavisadamente, sempre acha espaço, até nos mais fechados corações.
Abraço.
Que inventou o amooooor??? Me explica por favoooor??
ResponderEliminarBelo poema amigo!
Bju e boa semana!
Sempre no capricho.
ResponderEliminarPelo que sei, Mateus, o amor cabe em qualquer lugar, logo cabe no teu poema. Meu abraço.
ResponderEliminarPortas que batem sem se fecharem, ainda que fortes e reveladoras metáforas corram como água ferida sobre pedras.
ResponderEliminarUm beijo
Um amor que necessita da presença
ResponderEliminarMas que entende que também é preciso se afastar...
Caralho, achei pesado.
ResponderEliminarA ilusão do abrigo pode sair das sombras e se tornar real. Por mais que se tenha a alma torturada, machucada, fechada, ela ainda será capaz de se iluminar. Bjs.
ResponderEliminar