quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Último pedido
Nunca estive preparado
Para o que aconteceu
De fora, me vi ali parado
Bebendo um altruísmo qu'era seu
Grosso, era o sangue pelo chão
Encharcando as vestes do pobre
Sua alma encarcerada em solidão
Libertada pelo meu gesto nobre
Não quis, resisti enquanto pude
Tentei esquivar-me do absurdo
Disseste: “meu amigo, és tão rude
Negas a morte a um moribundo?”
Cumpri a obrigação com lealdade
Como pediste, um buraco no peito
Não podia perder tua amizade
Deixar-te morrer daquele jeito
Mateus Medina
10/11/2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Um golpe de piedade ou um crime?...
ResponderEliminarLevanta a questão da eutanásia, que não tem uma verdade certa, cada um terá a sua própria verdade.
Sobre este poema, dir-lhe-ei que me choca, sendo que, a meu ver, esta é a intenção do autor.
Exatamente, Lígia =)
ResponderEliminarÉ mesmo essa uma das intenções.
Tenho a minha própria opinião sobre o assunto, mas gosto de escrever também me inserindo "na pele do outro" =)
Bjocas
Pesado e magistral.
ResponderEliminarObrigado, Fred.
ResponderEliminarUm abraço =)