terça-feira, 2 de abril de 2013

Soneto para um senhor desavisado



Sente o fétido ar circundante?
Parado, não chama atenção
Veja, o pseudo caminhante
Anda, sem tirar os pés do chão

Esta nuvem por cima de nós
Não vai embora, não senhor
Cada vez mais negra e feroz
Desaguará, não tarda, o rancor

Não se iluda, senhor, com abrigos
Nenhum nos poderá proteger
Da nossa própria ignorância

Que torna os iguais em inimigos
Exaurindo a essência do ser
Imbecis, ébrios de intolerância

Mateus Medina
02/04/2013

16 comentários:

  1. Quem torna iguais em inimigos quer dividir para dominar. Belo soneto! Bom dia.

    ResponderEliminar
  2. Sabe o que eu acho? Essa nuvem cinza e ameaçadora que paira sobre nós só vai se dissipar no dia que cada um souber o que a causa. A tolerância vem do aprendizado. Ninguém é capaz de passar conhecimento, discernimento para o outro. Quando todos o alcançarem, não haverá ignorância. Até lá, vamos nos deparar com absurdos. Um grande abraço!

    ResponderEliminar
  3. Nada deve ser deixado ao acaso
    Ou o ocaso te alcança antes do evento...


    [contém 1 beijo]

    ResponderEliminar
  4. Que essa nuvem densa passe logo.
    Façamos o que nos cabe.
    Beijos.

    ResponderEliminar
  5. Um mal comum, a tantos!
    Tanto lá, quanto cá...mas há de mudar...desde que se avise
    e nos preparemos para tal...
    Um beijo!

    ResponderEliminar
  6. Uma nuvem como sinal...

    Um soneto a estudar...

    ResponderEliminar
  7. Esse dá vontade de mandar para o Feliciano.

    ResponderEliminar
  8. Atmosfera davvero da brividi....

    Vito

    ResponderEliminar
  9. Temo por nós
    Se cair todo o temporal que essa nuvem escura promete.

    ResponderEliminar
  10. Quem vai lutar pela gente? No fim de tudo somos nós.
    Adorei teus escritos.

    ResponderEliminar
  11. Um soneto de se lhe tirar o capéu.
    Não só no conteúdo mas também na forma.
    Excelente, caro amigo.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  12. Que a gente lute pelos que não toleram!
    Definitivamente, você nasceu poesia.

    ResponderEliminar
  13. Bom , muito bom seu soneto , Mateus .
    Obrigada .
    Grande abraço

    ResponderEliminar
  14. Porque será que o rancor se instala com tamanha facilidade? Porque transforma simples desacertos em muros intransponíveis? Procurássemos vencer a intolerância e a sede de poder o mundo poderia, quem sabe, se transformar em um lugar confortável para a convivência humana! Abraços!

    ResponderEliminar
  15. Olá, Mateus!

    As nuvens da ignorância navegam no plúmbeo céu de quem se deixa por elas encobrir. Discernimento é guarda-chuva, conhecimento é arco-íris.

    Um abraço!

    ResponderEliminar